O Violino
A praia estava silenciosa, exceto pelo sussurro das ondas. A lua derramava prata sobre a areia, e o vento carregava notas suaves, como se o próprio mar tivesse decidido cantar. Ao longe, um violino ecoava — uma melodia que parecia contar histórias antigas, de corações e sombras.
Quem escutasse com atenção sentiria o arrepio de algo familiar, como se uma memória esquecida estivesse se desdobrando diante dos olhos. A música subia e caía, provocando um jogo de luz e sombra, e por um instante, tudo parecia possível: a eternidade, o amor, o impossível.
Era um segredo para quem ousasse ficar até a noite: a praia tinha seus próprios contos, e alguém, em algum lugar, ainda tocava para aqueles que sabiam ouvir.